quarta-feira, 5 de março de 2008

FRENTE DE TRABALHO

Somos tantos... Sou mais um...
Um número...um nome...
um roteiro...
A jornada com rumo certo
É o tempo... só um tempo
E a ilusão começa
Tenho um nome, um crachá no peito
Um salário (?),uma conta no banco
Uma refeição, a condução... e
Nenhuma esperança
Nos tratam como crianças...
Inocentes, esfomeadas, tolas
Zombam de nossa sabedoria
Roubam nossa dignidade.
Fingem que nos dão emprego,
e roubam- nos a felicidade
Tal qual menino "amebado"
O olho faísca no melado...
Dão-nos um pirulito rachado, e
tiram-nos o sabor da vida
Eu sou mais um no meio de tantos
Que soluçam desesperados...
Nosso choro ninguém escuta,
e se escuta... faz-se alienado
Choramos o pedaço do pão?
- Não!!!
Queremos mais...
a solução pro desempregado!!!
Fátima (Estação do Metrô Brás-Bolsista)
Nota: Fiz este poema frente a humilhação que passamos diante da vergonha que é o desemprego neste país.

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